Na manhã de segunda-feira, 11 de novembro de 2024, a cidade de Itamaraju foi abalada por um crime cruel que chocou a comunidade local. Aurelice Pereira dos Santos, de 57 anos, foi brutalmente executada na Rua Vale do Amanhecer, no bairro Bela Vista. A vítima foi encontrada com múltiplas perfurações pelo corpo, e um bilhete deixado pelos criminosos indicava a motivação do crime: “X9 na favela não fica vivo”, sugerindo uma possível retaliação por suposta colaboração com a polícia.
Aurelice era uma figura conhecida na comunidade, famosa por vender temperos verdes e hortaliças. Sua morte gerou comoção entre os moradores, que a descrevem como uma mulher simples, boa e trabalhadora. O crime, além de chocante pela sua violência, trouxe um sentimento de medo e insegurança à vizinhança. A ousadia dos criminosos em filmar a execução e deixar uma mensagem no local do crime elevou o pânico na comunidade.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado ao local, mas ao chegar, os socorristas apenas constataram o óbito de Aurelice. A Polícia Civil da Bahia, sob a liderança do delegado Gilvan de Meireles Prates, já deu início às investigações, analisando as imagens registradas pelos criminosos na tentativa de identificar os responsáveis por este ato bárbaro.
Este crime traz à tona uma questão delicada: a crescente violência nas comunidades urbanas brasileiras. Embora os números da criminalidade no país sigam aumentando, o problema da violência não é exclusivo dos tempos atuais. Ao longo das décadas, o crime organizado evoluiu, acompanhando o desenvolvimento social e econômico do Brasil, mas a raiz da questão permanece na desigualdade social que assola o país. Enquanto essa desigualdade for mantida em níveis elevados, casos de violência como o de Aurelice continuarão sendo uma triste realidade em nosso dia a dia.
A execução de Aurelice Pereira dos Santos é mais um exemplo trágico de como a violência impacta as vidas nas periferias brasileiras. Uma vida dedicada ao trabalho e à comunidade, interrompida de forma cruel, que serve como um alerta para todos nós sobre a urgência de soluções que enfrentem não apenas a criminalidade, mas também as causas profundas que a alimentam.
